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Como parar um ataque de rootkit antes que seja tarde

Os rootkits são um tipo de malware que ajuda os cibercriminosos a se infiltrar em um sistema e assumir o controle. Ao usá-lo, eles podem realizar ações de espionagem, roubo de dados, implantação de outros malwares como ransomware e, além disso, sem deixar rastros. Depois que o rootkit é implantado em um dispositivo, ele pode interceptar chamadas do sistema, substituir software e processos e também se tornar parte de um kit de exploração maior que contém outros módulos, como keyloggers, malware para roubo de dados ou mesmo malware para minerar criptomoedas.

No entanto, esses tipos de programas são difíceis de desenvolver, o que significa que exigem um investimento de tempo e dinheiro para criá-los. Assim, a maioria dos ataques baseados em rootkit são frequentemente associados a grupos Advanced Persistent Threat (ATP), pois eles possuem os recursos e habilidades necessários para desenvolver esse malware. Nesse sentido, os objetivos desse tipo de ataque costumam ser de alto valor, tanto para os casos em que a motivação é estritamente financeira quanto para aqueles que se dedicam a trabalhos de espionagem.

Em um estudo que analisou a evolução e o uso de rootkits para realizar ataques cibernéticos, foi revelado que em 56% dos casos os criminosos usam esse software para atacar indivíduos com perfis relevantes, como funcionários de alto escalão, diplomatas ou funcionários de organizações atraentes para atacantes. Em relação aos setores que mais recebem essas ameaças, em primeiro lugar estão as instituições governamentais (44%), seguidas pelos institutos de pesquisa (38%), operadoras de telecomunicações (25%), empresas industriais (19%) e organizações financeiras (19%). 

Por outro lado, o estudo também mostrou que os rootkits geralmente se espalham por meio de táticas de engenharia social, principalmente com o uso de phishing (69%) e pela exploração de vulnerabilidades (62%).

Tipos de Rootkit 

Existem três tipos de rootkits que são classificados de acordo com o nível de privilégios obtidos, são eles:

  • Rootkits no modo kernel: Esse tipo de rootkit opera no nível do kernel, portanto, possui os mesmos privilégios do sistema operacional. Eles são projetados como drivers de dispositivo ou módulos carregáveis ​​e seu desenvolvimento é complicado, pois um bug no código-fonte pode afetar a estabilidade do sistema, tornando o malware aparente.
  • Rootkits em modo de usuário: Seu desenvolvimento é mais simples que o anterior, já que seu desenho requer menos precisão e conhecimento, por isso são frequentemente utilizados em ataques massivos. Esses rootkits operam com menos privilégios, embora possam interceptar chamadas do sistema e substituir valores de retorno de APIs e aplicativos para obter o controle da máquina.
  • Rootkits combinados: Este tipo de rootkits são projetados com o objetivo de combinar os dois modos de operação e, portanto, atuam em ambos os níveis.

Como proteger sua empresa contra esse tipo de ataque?

Apesar de este tipo de ameaça ser projetado para evitar ser detectado, existem soluções capazes não apenas de detectá-lo, mas também de contê-lo e bloqueá-lo. Os WatchGuard Fireboxes são uma plataforma avançada de segurança de rede de ponta a ponta que inclui três recursos sofisticados capazes de identificar e interromper esse malware:

  • APT Blocker: Essa tecnologia “sandbox” é capaz de detectar o rootkit antes mesmo que ele se infiltre no sistema, pois analisa o comportamento para determinar se um arquivo é malicioso, identificando e enviando os arquivos suspeitos para um sandbox baseado em nuvem que emula a execução e analisa o código no arquivo para determinar se ele é malicioso. Nesse caso, ele age e bloqueia, protegendo a rede.
  • Defesa contra malware alimentada por IA: Projetada para identificar ameaças dividindo milhões de arquivos em seus componentes fundamentais e, em seguida, analisar as características de cada um em combinação para identificar indicadores de intenção maliciosa. Se for detectado malware, o arquivo é bloqueado antes de ser executado.
  • Visibilidade na nuvem: Com ataques de rootkit, é importante ter visibilidade total da rede para permitir a análise da rede em busca de anomalias. Com isso, é possível explorar a fundo de acordo com as informações detalhadas dos relatórios gerados pela plataforma.

É claro que os cibercriminosos têm grande engenhosidade quando se trata de realizar um ataque tão sofisticado como este, mas isso não significa que não possa ser frustrado. O importante é proteger as redes de negócios com soluções adequadas que sejam capazes de interromper os ataques de rootkit antes que seja tarde demais.

 

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