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Smart Cities: como mitigar os riscos de cibersegurança relacionados às redes wi-fi públicas?

*Por Dennis Brach

Não é novidade para ninguém que, conforme a tecnologia avança, a vida cotidiana se transforma, seja nos processos internos das empresas às atividades mais corriqueiras das pessoas. Um dos exemplos mais claros dessa nova realidade é o conceito de smart cities, que surgiu entre os anos de 1990 e 2000, com o objetivo de definir as mudanças que a tecnologia trouxe para a sociedade, não apenas nos ambientes privados, como também nas demandas sociais para o gestor público.

Esta transformação vem impondo ano após ano novas demandas à administração pública, que se vê diante de um contexto com maior dinamismo conforme novas soluções que podem melhorar o dia a dia das pessoas são lançadas no mercado. No entanto, os gestores não podem deixar de lado a preocupação com a cibersegurança, pois à medida que novas tecnologias são aplicadas, novos vetores de ataque surgem e se multiplicam.

Por exemplo, muitos acreditam que o próximo passo para que nossas cidades atinjam o status de “Cidade Inteligente”, é oferecer conexão wi-fi gratuita a todos os habitantes nas ruas. Uma pesquisa recente da McKinsey revelou que pelo menos 25% das conexões de smartphones são feitas exclusivamente via redes wi-fi, o que demonstra que existe uma demanda por conectividade em qualquer lugar, a qualquer instante, tornando as redes públicas serviços essenciais.

Uma rede Wi-Fi pública é, em tese, menos segura do que redes pessoais e privadas, porque nem sempre sabemos quem a configurou ou quem mais está se conectando a ela, mas é possível mitigar estes riscos adotando alguns passos:

Preste atenção no https x http

Preste atenção a esse aviso na barra de endereços dos navegadores, especialmente em Wi-Fi público. Quando você navega por HTTPS, às pessoas que estão na mesma rede que você, não podem bisbilhotar os dados que trafegam entre você e o servidor do site ao qual você está se conectando. Já por HTTP é relativamente fácil para eles observarem o que você está fazendo.

Cuidado com as informações compartilhadas

Tenha muito cuidado ao se inscrever para acesso Wi-Fi público se você for solicitado a fornecer vários detalhes pessoais, como seu endereço de e-mail ou número de telefone. Se não houver alternativa e você realmente precisar se conectar a redes dessa natureza, fique em lugares em que confia e considere usar um endereço de e-mail alternativo que não seja o principal.

Lojas e restaurantes que fazem isso querem poder reconhecê-lo em vários pontos de acesso Wi-Fi e adaptar seu marketing de acordo, então cabe a você decidir se a troca vale a pena por algum acesso gratuito à Internet.

Verifique em que você está se inscrevendo

Ainda que pareça impossível, é importante ler os termos e condições antes de se conectar a uma conexão Wi-Fi pública. Mesmo que não entenda todas as palavras, deve ser capaz de identificar os principais pontos de atenção, principalmente em relação ao tipo de dados que eles estão coletando da sua sessão e o que estão fazendo com eles.

Use uma VPN

Esta é a forma mais eficaz para se manter seguro no Wi-Fi público. Instalar um cliente VPN (Virtual Private Network) em seus dispositivos garante criptografia dos dados que trafegam em seus dispositivos e conecta você a um servidor seguro, o que dificulta que outras pessoas na rede - ou quem esteja operando-a - vejam o que você está fazendo ou obter seus dados.

No caso de cidades inteligentes, prefeituras e governos têm a responsabilidade de construir ambientes sem fio confiáveis para proteger seus usuários contra hackers que se aproveitam da segurança fraca ou não existente. Para isso, é fundamental que se invista em soluções que podem ser usadas para criar um ambiente sem fio confiável - baseado nos três pilares centrais: desempenho líder de mercado, gerenciamento escalonável e uma segurança abrangente e verificada.

 

*Dennis Brach é country manager da WatchGuard Brasil

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